segunda-feira, 15 de junho de 2009

Não existem intocáveis no futebol



É impressionante ver como a cada dia que passa os treinadores se tornam mais carrancudos e mal educados. Para citar alguns, me lembrei de Emerson Leão, Vanderlei Luxemburgo, Dunga e claro, Muricy Ramalho.

Na verdade ele não era assim, não mesmo. Lembro-me bem de um campeonato conturbado, sim, aquele de 2005 em que o então técnico do Internacional era contundente, mas de forma nenhuma se comprometia ou mesmo pronunciava palavras ríspidas ou xingava os profissionais de imprensa.

Não estou defendendo a classe(jornalistas). Pelo contrário, muitas vezes até acho que somos invasivos e provocativos, mas com o treinador do São Paulo é diferente.

Os jornalistas já entram nas coletivas de imprensa após os jogos do tricolor pensando nas respostas que darão a Muricy, quando fizerem uma pergunta que não agradar ao treinador do São Paulo.

“Aqui é trabalho, meu filho”, “vocês não entendem nada de futebol” e “não vou falar sobre este assunto”. Estas são frases típicas do treinador, principalmente aos iniciantes na carreira jornalísticas.

Não entram em campo, não fazem gols e nem suam durante os jogos, mas tem a coragem de encher o peito e dizer que são melhores, que são bons, que influenciam de forma decisiva no sucesso de uma equipe.

Acredito que toda a pose que os técnicos de futebol têm é proveniente, em boa parte, do papel que lhes foi atribuído pela imprensa. Sim amigos, criamos cobras. Ou alguém se lembra de algum técnico que era fundamental no tempo de Pelé, Garrincha ou de qualquer jogador dos anos 50, 60 ou 70?

O engraçado destes senhores é que quando o time perde, “nós perdemos”, mas quando ganha: “Ah! Tem o dedo do treinador”...

Respeito Muricy, respeito técnicos do Brasil, pois ninguém se torna rei por ganhar um título ou outro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário