segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Racismo. Por quê se importar?


Mais um triste episódio no futebol internacional ganhou as páginas do jornal francês "L'équipe". O atacante Djibril Cissé, hoje no Panathinaikos, reclamou de estar sendo vítima de racismo na Grécia. O jogador, de 29 anos, afirma que torcedores de outros clubes imitam macacos e o provocam com insultos durante todo o jogo.


O atleta afirma que deixará o clube grego ao final da temporada por conta dos incidentes de racismo.


Apesar de se tratar de uma prática desprezível, será que se ele - como francês afrodescendente que é - voltar para o seu país (que notoriamente costuma discriminar todo o tipo de imigrante) este tipo de ação vai deixar de existir?


Tenho muito orgulho de ser negro, mas respeito todo o tipo de opinião. Não faço e nem quero fazer parte de "cotas", não ligo para nenhum tipo de preconceito e "até tenho alguns". Acredito que o meu "respeito" pelo racismo deriva do fato de que, ao menos no meio do futebol, ele não impede nenhum atleta de exercer qualquer função no esporte, ao passo que a mesma ação faz com que muitos negros sofram muito mais na vida real do que os atletas (que normalmente fazem questão de abandonar suas origens).


Falta compreensão aos que fazem campanha pela extinção do racismo no futebol, já que é mais do que claro que isso só acontece com os torcedores rivais que, apaixonados por seus clubes, querem somente afetar aos que desempenham bem seus papéis justamente contra os seus times de coração.


Deixo duas perguntas no ar: Alguém já viu alguma torcida hostilizar um jogador negro ruim? Por quê estes atletas não utilizam sua imagem para criar alternativas contra o racismo onde realmente importa (o mundo real)?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ronaldo parou... Novidade?


A noite deste domingo (13) marcou de forma definitiva a história do futebol. Em entrevista ao programa "Fantástico" o atacante Ronaldo, do Corinthians, decretou o fim de sua carreira futebolística.

Entretanto, algumas questões passam pela cabeça dos torcedores corintianos mais críticos (onde posso dizer que me enquadro com louvor...rs.).

Antes de qualquer comentário, gostaria de manifestar o meu profundo respeito pelo futebolista Ronaldo, que foi um dos maiores que eu já vi no futebol e é considerado um dos melhores de todos os tempos em sua posição.

Entretanto, a matéria que fala sobre a aposentadoria do Fenômeno me fez pensar que a verdadeira data de seu adeus ao futebol foi o dia 2 de julho de 2009, quando Ronaldo ergueu o troféu de seu segundo título pelo clube, a Copa do Brasil daquele ano.

A falta de comprometimento, o aumento incessante de peso, além das inúmeras contusões fizeram com que o camisa nove entrasse em campo somente para honrar os seus compromissos com os patrocinadores do clube.

Agradeço ao Ronaldo por todas as alegrias que trouxe ao futebol e por sua superação de outrora. Porém, ao menos na minha opinião, ele não conseguiu um lugar de destaque na história do clube (única e exclusivamente por sua falta de vontade).

O Fenômeno merecia um "apagar de luzes" muito mais glorioso para deixar os campos de alma lavada e cabeça erguida. É uma pena...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Corinthians e Tolima - A crônica com o desfecho mais do que anunciado


Menos de um ano. Para ser mais exato 8 meses foi o tempo que o Corinthians foi eliminado pela penúltima vez da Copa Libertadores da América. Consequentemente, esta foi a última vez em que dei as caras por aqui.

De lá para cá muita coisa mudou, principalmente a minha visão a respeito do que se passa no meu clube do coração. Hoje, tenho visão e descernimento de quem fez uma faculdade de jornalismo e não se deixa enganar por meia dúzia de palavras escritas ou faladas na imprensa esportiva.

Já chorei muito pelo Corinthians e, confesso, tenho muita saudade de quando fazia isso. Minhas lágrimas com o tempo se secaram, assim como a visão romântica que eu tinha a respeito do comprometimento dos atletas com o time.

Agora só resta lamentar, aguardar mais um ano e pensar que enquanto o clube pensar em ganhar dinheiro com ações de marketing com jogadores cada vez menos comprometidos com o Corinthians e mais "atletas profissionais" (como muitos cronistas costumam dizer), estaremos sempre "correndo para não chegar".